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NT - ESBOÇO DE 1º TESSALONICENSES A TIAGO

 O NOVO TESTAMENTO

ESBOÇO DE 1º TESSALONICENSES A TIAGO

 

1ª Tessalonicenses 

Autor: Paulo
Data: Cerca de 50 dC

Origem da Igreja em Tessalônica
O evangelho chegou à Europa pela primeira vez em 49 dC. Isso aconteceu quando em sua segunda viagem missionária, Paulo e seu grupo responderam à visão noturna do homem macedônio e navegaram de Trôade para a ilha egéia de Samotrácia e, depois para Neápolis (At 16.8-12) Aqui, o apóstolo encontrou a negociante Lídia, exorcizou o espírito de adivinhação de uma jovem escrava e foi publicamente espancado e erroneamente preso. Ao saber que Paulo e Silas eram cidadãos romanos, as autoridade imperiais se desculparam, libertaram os apóstolos e os incitaram a deixar a cidade (At 16.13-40).

Viajando cerca de 150 km em direção a sudeste, Paulo e Silas chegaram a Tessalônica. “Como tinha por costume”, relata Lucas, Paulo foi para a sinagoga do local e pregou durante várias semanas, argumentando que Jesus, o filho do carpinteiro de Nazaré, era de fato o Ungido— o Messias— prometido há muito pelas escrituras (At 17.1-3). Aqui, Paulo estabelece a segunda maior igreja do continente europeu.
Tendo recebido o nome da irmã de um rei macedônio no final do séc. IV aC, a cidade de tessalônica era a capital do distrito da província romana da Macedônia e possuía um excelente porto natural . Localizava-se na famosa via Egnatia, uma grande estrada militar romana que ia desde a costa balcânica ocidental até a atual Istambul. E era governada por politarcas - uma classe de oficiais peculiar à região. (At 17.6 “magistrados da cidade).
Os líderes Judeus não estavam contentes com a mudança dos seguidores da sinagoga . Eles então fizeram acusações de que Paulo e seu grupo tinham “virado o mundo de cabeça para baixo” - Uma acusação muito séria, muito próxima da rebelião civil do que o dano público sugerido pelo longo uso de palavras familiares. Chamar Jesus de “Senhor” era empregar um título de outra forma aplicado ao imperador: “Todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus” (At 17.7) Muito possivelmente, as autoridades romanas que revisaram o caso tenha incluído os maridos das “mulheres distintas” persuadidas por Paulo. A ira deles pode ter piorado as hostilidades judaicas.
Como não conseguiram encontrar Paulo, seu anfitrião Jasom foi preso, de modo que Paulo ter de pagar fiança. À noite, Paulo e Silas partiram secretamente para Beréia—100 km a sudeste. “Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que a palavra de Deus também era anunciada por Paulo em Beréia, foram lá e excitaram as multidões” (At 171.3). Portanto em três cidades sucessivamente— Filipos, Tessalônica e Beréia— Paulo e seu grupo partiram em meio à inquietação civil e tiveram seu trabalho interrompido no meio. Foi essa a recepção inicial do evangelho no continente europeu.

Data
Dos cálculos baseados na inscrição de Gálio— uma cópia pública de uma carta do imperador romano ao procônsul de Acaia— Pode-se afirma que 1 Ts foi escrito em 50 ou 51 dC

Características e Conteúdo
Escrita primeiro em um tom de alívio e gratidão, o livro é marcado pelo agradecimento em relação ao crescimento da igreja na ausência forçada de Paulo. A carta não contém um teologia elaborada como Rm, nenhuma repreensão ou heresia ameaçadora como Gl, nem conselhos pastorais extensivos como em 1Co.

Os caps. 1-3 ensaiam as lembranças de Paulo sobre seu ministério entre eles, sua preocupação com o estado da fé que eles tinham, a comissão de Timóteo para voltar a igreja, seu deleite notável em saber da fé inabalável deles
Os caps. 4-5 contêm as exortações características sobre assuntos como pureza sexual (4.1-8; 5.23), caridade responsável ( 4.9-12), estima e apoio aos líderes (5.12-13), paciência e prestabilidade em relação à várias necessidades humanas (5.14-15).
A resposta de Paulo encheu de esperança e, portanto, de consolo, aqueles que choravam pela perda de pessoas queridas. Os mortos em Cristo, na verdade, seriam os primeiros a serem ressuscitados. Os cristãos vivos se uniriam a eles e seriam arrebatados para encontrar o Senhor no ar este estar para sempre com ele, Um grande Consolo!.
A linguagem de Paulo descrevendo a vinda de Jesus dista dois milênios do vocabulário da tecnologia urbana. O povo mediterrâneo do séc. I estava bastante acostumado a chegada (“vinda”) esplendorosa, alegre e antecipada de um visitante ral. No dia indicado, os cidadãos sairiam da cidade para encontra o visitante real— que vinha com um amplo cortejo. Grito de aclamação e boas-vindas surgiriam à medida que ele passasse, e aqueles que rodeassem a estrada então se uniriam ao monarca que iria a um determinado. Ali seriam feitos reconhecimentos e premiações especiais (2.19). Havia alegria e admiração com a chegada esplendorosa do rei. Assim há de ser quando os vivos e os mortos forem para cima, para encontrar o rei que vem do céu.
O tema da volta de Cristo, embora concentrado em 4.13-18, também é abordado em 5.1-11. Na verdade, a vinda de Cristo acontece de um final de carta (1.10) ao outro (5.23). Cada capítulo em 1 Ts refere-se a esse acontecimento futuro decisivo.

Deus Pai Revelado
Deus, o Pai (1.1,3; 3.11,13), é a fonte da ira e do desagrado (2.15-16) àqueles que se opõem a ele, mas para aqueles que o servem, ele é o receptor de agradecimentos (1.2; 2.13; 3.9) e origem da salvação (5.9), coragem (2.2), paz (5.23) e aprovação (2.4). Deus ressuscitou Jesus e ressuscitará os mortos que confiaram nele (1.10; 4.14). Ele é o Deus vivo e genuíno (1.9), oposto de ídolos (1.9), a testemunha incontestável (2.5). A vontade de Deus se relaciona com a pureza moral (4.3,7), mas também com a ação de graças contínuas (5.18). Sua palavra, o “evangelho de Deus”(2.2,8-9) notadamente chega através de palavras humanas (2.13; 4.8). Em 1Ts, como em vários lugares da Bíblia, Deus é a fonte e o fim de tudo o que se relaciona com a vida natural e espiritual.

Cristo Revelado
Jesus é o Filho de Deus (1.10), cuja morte e ressurreição (1.10; 2.14-15) fornecem um exemplo aos crentes que sofrem agora (1.6; 2.14-15) mas que, como ele mesmo, serão ressuscitados no futuro (1.10; 4.14,16). Os crentes de antes e de agora têm uma posição espiritual mística “no Senhor” (1.1,3; 4.1; 5.18), que, todavia, é pratica o suficiente para ser a base do respeito pra governar os anciãos (5.12). A graça vem de Cristo (5.28).

Mas, acima de tudo, em 1Ts Cristo surge como o Rei que volta, o conquistador dos mortos, cuja volta esperada co céu (1.10) dá conforto aos aflitos (4.17-18; 5.11) e alegria aos que o esperam (2.19-20). Esse será seu dia, o “Dia do Senhor” (5.2; 2Ts 2.2, “Dia de Cristo”).

O Espírito Santo em Ação
Todos os cristãos podem afirmar que foi Deus quem “nos deu também o seu ES” (4.8). O Espírito inspira alegria mesmo quando em meio à aflição (1.6). Quando o evangelho chegou em Tessalônica , ele não veio somente em palavras, “mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza” (1.5), sugerindo uma mistura balanceada de discussão intelectual, o poder do Espírito (provavelmente com “sinais” e maravilhas”) e profunda resposta pessoal. 1Ts 5.19-21 releva um caráter vivamente carismático do louvor em Tessalônica— a atividade profética que alguns estavam inclinados a conquistar, mas para o que Paulo pede aceitação verificada: suas palavras deveriam ser lidas “a todos os santos irmãos” (5.27).

Esboço de 1º Tessalonicenses

I. Começo típico da carta 1.1
II. Lembrança do Ministério de Paulo 1.2-3.13

Agradecimentos à fé, esperança e caridade dos tessalonicenses 1.2-10
Como Paulo ministrou lá 2.1-12
Agradecimentos pela resistência dos tessalonicenses 2.13-16
Ansiedade de Paulo pelos tessalonicenses 2.17-20
Missão de Timóteo e Alívio de Paulo 3.1-10
Esperança contínua de Paulo de ver os tessalonicenses 3.11-13

III. A espera da volta de Cristo 4.1-5.11

Para o presente: qualidades de estilo de vida 4.1-12
Para o futuro: a volta de Cristo 4.13-5.11

IV. Conselhos finais 5.12-28

Respeito pelos líderes 5.12-13
Paz na comunidade 5.13
Ajuda aos necessitados 5.14
Vivência cristã 5.15-22

 

2ª Tessalonicenses 

Autor: Paulo
Data: Cerca de 50 dC

Autor e Data
1 e 2Ts são bastante semelhantes em linguagem, sugerindo que Paulo escreveu a segunda carta algumas semanas após a primeira. A volta do Senhor é de importância central em ambas as cartas. 1Ts revela que alguns tessalonicenses estavam perplexos com a morte de pessoas amadas e temendo perder a volta do Senhor Jesus. Em 2Ts, surge um problema diferente, relacionado à volta do Senhor.

Tanto em 1Ts como em 2Ts (1.4-7), está claro que os crentes sofreram algumas perseguições e opressão— da mesma forma que Paulo e Silas. A preocupação de Paulo cm a estabilidade espiritual da igreja o levou a enviar Timóteo e a expressar, escrevendo a primeira carta, uma alegre satisfação por conhecer sua saúde espiritual (1Ts 2.17-3.10). A estabilidade e persistência e paciência em meio as adversidades, atraíam o louvor e a gratidão freqüentes do apóstolo (1Ts 1.3; 2Ts 1.4). Ainda assim, havia preocupações evidentes sobre as atitudes desequilibradas relacionadas com a volta do Senhor.
“Ouvimos”, diz Paulo (2.11), “que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando...” Pelo visto, parar de trabalhar era instigado por uma doutrina errônea de que alguém, desarmado, tinha trazido para Tessalônica uma doutrina que anunciava que “o Dia de Cristo estivesse perto” (2.2). Tal doutrina pode ter uma origem falsamente reivindicada pelos carismáticos (“por espírito” 2.2). Ou pode ter surgido em uma carta falsamente atribuída a Paulo.
Qualquer que seja a fonte da doutrina errônea, Paulo rapidamente escreveu 2Ts para ressaltar a maneira correta de compreender a volta do Senhor. Esse dia, esclarece ele, não acontecerá até que determinados acontecimentos ocorram. Em primeiro lugar, haverá uma apostasia e, mais importante, o homem do pecado será revelado—”O filho da perdição” (2.3). Essa figura, chamada de “anticristo” nas cartas de João, se autodenominará Deus(2.4). Ele enganará muitos, pois terá grandes poderes, incluindo a capacidade de realizar prodígios (2.9). O espírito de tal figura, “o ministério da injustiça” (2.7) já operava nos dias de Paulo. Mas um poder— não identificado claramente pelo apóstolo– resiste e controla o homem do pecado de forma a impedi-lo de interferir na consumação do curso dos acontecimentos humanos por Deus através da volta de Cristo na segunda vinda.
Duas vezes em 2Ts (2.15; 3.16). O apóstolo apela para a “tradição” - crenças fixas dentro das igrejas— como uma verificação sobre a doutrina carismática. Freqüentemente nas cartas tessalonicenses, ele relembra seus leitores a continuar com as coisas que ele ensinou antes (1Ts 2.11-12; 3.4; 2Ts 2.5,15; 3.4,6,10,14). Já nessas cartas, provavelmente os mais antigos livros do NT a serem escritos, está se desenvolvendo um corpo de crenças cristãs definidas.
2Ts, se escrito apenas algumas semanas depois de 1Ts, também teria sido escrita por volta de 50 dC.

Deus Pai Revelado
Como em outros lugares do NT, Deus é visto como Pai (1.1; 2.16) a fonte de graça (1.12) e amor (3.5) e objeto de agradecimento (1.3; 2.13). Ele escolheu (2.13) aqueles em seu Reino (1.5) e os torna dignos de seu chamamento de salvação (1.11), mas também restituiu os malfeitores (1.6) e permite a ilusão àqueles que desprezam a verdade (2.11) e que não conhecem (1.8). As igrejas são dele (1.4) elas descansam nele (1.1).

Cristo Revelado
A co-igualdade de Cristo com Deus recebe atenção especial neste livro. Pai e Filho juntos são a fonte da graça e da paz (1.2,12; 3.16,18), consolo e estabilidade (2.16,17), amor e paciência (3.5). Embora a igreja seja geograficamente localizada em tessalônica, sua posição espiritual encontra-se em “Deus, nosso Pai, e no Senhor Jesus” (1.1; 3.12). Como em 1Ts, o Senhor Jesus virá de novo (1.7,10; 2.1); e ele, com “o assopro de sua boca” (2.8), derrotará o homem do pecado no momento de sua volta (2.8) e tomará vingança daqueles que não conhecem a Deus (1.8).

O Espírito Santo em Ação
Na única referência direta ao ES, em 2TS Paulo engrandece a Deus pelos tessalonicenses, cuja seleção para a salvação por Deus “desde o início” o apóstolo descreve pormenorizadamente como “santificação do Espírito e fé da verdade “ (2.13). A obra de santificação do ES pode ser vista como uma maneira de encarar a intenção de Deus de salvar seu Povo.

A declaração profética do Espírito, ou assim afirmada (2.2), sempre deve ser testada (1 Ts 5.20,21; 1Co 14.29)

Esboço de 2º Tessalonicenses

I. Começo típico da carta 1.1-4

autores 1.1
Endereços 1.1
Saudações 1.2
Ação da Igreja 1.3-4

II. Doutrina 1.5– 2.12

Conseqüência da vinda 1.5-12
Indicações da vinda 2.1-12

III. Exortação 2.13-3.16

À estabilidade 2.13-17
À oração 3.1-5
Contra ociosidade 3.6-13
À disciplina 3.14-15
À paz 3.16

IV. Comentários finais 3.17-18

Uma assinatura de crédito 3.17
Um desejo de graça 3.18

 

1ª Timóteo 

Autor: Paulo
Data: Cerca de 64 dC

Antecedentes
Em sua primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé pregaram em Listra, uma cidade da Licaônica, e obtiveram em meios às perseguições sucesso. É provável que uma judia chamada Lóide, e sua filha Eunice, tenha se convertido a Cristo durante esse ministério. Eunice era casada com um gentio, com quem ele teve Timóteo, provavelmente seu único filho. Era evidente que Timóteo tinha recebido os ensinamentos da religião judaica, mas seu pais recusou-se a permitir que o filho fosse circuncidado. Desde o início desenvolveu-se um relacionamento bastante próximo entre Paulo e Timóteo.

Quando Paulo retornou a Listra, ele encontrou Timóteo como membro da igreja local, altamente recomendado por seus líderes ali e em Icônio. Sob a sugestão do ES, Paulo adicionou Timóteo a seu grupo apostólico. Como eles iam ministrar entre os judeus, Paulo advertiu Timóteo a ser circuncidado, não por causa da justiça, mas para evitar ofender os judeus, uma vez que sua mãe era judia.

Autor
Todas as Epístolas Pastorais (1Tm, 2Tm, Tt) nomeiam o apóstolo Paulo como seu autor. Além disso, a antiga tradição insiste unanimemente que Paulo as escreveu.

Data
Paulo visitou Éfeso por volta de 63 dC, após ser libertado de usa primeira prisão romana. Logo em seguida, ele partiu, deixando Timóteo responsável pela igreja de lá. Ele provavelmente tenha escrito a carta em 64 dC.

Conteúdo
O trabalho para o qual Paulo nomeou Timóteo envolveu sérias dificuldades, e ele achou necessário escrever uma carta de instrução a seu jovem colaborador que enfrentava problemas. Na carta, ele ensinou Timóteo como combater os falsos mestres, como ordenar o culto da igreja, como escolher os líderes da igreja e como lidar prudentemente com as diferentes classe na igreja e como lidar prudentemente com as diferentes classes na igreja. Timóteo deveria ensinar a fé apostólica e levar uma vida exemplar o tempo todo.

Cristo Revelado
A divindade de Jesus é evidente, pois Paulo o iguala a Deus, o Pai (1.1-2; 3.16) e proclama sua soberania universal e natureza eterna (6.15-16). Jesus é a fonte da graça, misericórdia e paz (1.12,14), que comandou o apostolado de Paulo (1.1) e o capacitou para o ministério (1.12). Cristo é tanto Senhor (1.2,12,14; 5.21; 6.3,14,15) quando salvador (1.1,15), que “se deu a si mesmo em preço de redenção por todos” (2.6). Em virtude de seu trabalho de redenção, ele é o único “mediador entre Deus e os homens” (2.5), a maneira de acessar a Deus. Ele, que se faz carne, ascendeu ao céu (3.16). Por enquanto, ele é nossa esperança (1.1), e a promessa de sua volta é um incentivo à fidelidade no ministério e à pureza na vida (6.14).

O Espírito Santo em Ação
As referências diretas ao ES em 1Tm são raras, mas ele estava operando desde o começo da igreja em Éfeso (At 19.1-7). As “intercessões” (2.1) são orações que envolvem a assistência do ES (Rm 8.26,27). A declaração “o Espírito expressamente diz” (4.1) ressalta a atividade contínua do ES e a sensibilidade de Paulo a suas sugestões. Em 4.14, Paulo relembra Timóteo do “dom” que lhe foi dado através da “profecia”, uma capacidade especial de ministrar concedida como um carisma do Espírito quando colocaram as mãos nele. Além disso, um “bom testemunho” (3.7) também incluiria o líder ser “cheio do ES”, tal como exigido na nomeação de líderes (At 6.3).

Esboço de 1º Timóteo

Introdução 1.1-20
I. Instruções relacionadas à igreja 2.1-3.16

Seu culto 2.1-15
Seus líderes 3.1-13
Sua função em relação à verdade 3.14-16

II. Instrução relacionada aos deveres pastorais 4.1-6.10

Em relação à igreja como um todo 4.1-16
Em relação às várias classes na igreja 5.1-6.10

III. Exortações finais 6.11-21

Para manter a fé e militar na fé 6.11-21
Para apresentar as reivindicações de Cristo aos ricos 6.17-19
Para guardar a verdade 6.20-21


2ª Timóteo

Autor: Paulo
Data: Cerca de 66 - 67 dC

Antecedentes
Até podemos determinar, Paulo foi libertado da prisão romana pouco depois de At ter sido escrito e empenhou-se em viagens missionárias, viajando até a Espanha. Durante a era das perseguições iniciadas por Nero em 64 dC, Paulo foi preso de novo, provavelmente em Trôade (4.13), e levado pra Roma. As circunstâncias de sua segunda prisão foram bastantes diferentes daqueles de seu primeiro encarceramento. Anteriormente, ele estava em sua própria casa alugada e podia receber visitantes livremente, mas agora estava confinado a um masmorra e os amigos quase não conseguiam vê-lo. Antes, ele esperava ser solto, mas agora ele esperava a morte (4.6-8). Ao escrever esta carta, somente Lucas estava com Paulo (4.11), tendo todos os outros partidos por vários motivos.

Ocasião e Data
A carta originou-se devido à preocupação de Paulo com as necessidade de Timóteo, bem como suas próprias. Ele lembrou Timóteo de suas responsabilidade e o advertiu a se entregar de corpo e alma à sua tarefa. Em relação a si mesmo, Paulo necessitava de algumas coisas pessoais (4.13) e, em sua solidão, desejava ver Timóteo e Marcos (4.9-11). Há pouca dúvida sobre Paulo ter escrito esta carta pouco antes de sua morte. Portanto, como é provável que ele tenha sido executado antes da morte de Nero em 68 dC, a carta deve ser datada de 66/67.

Característica
Embora Paulo seja conciso e direto, ele também é meigo, caloroso e carinhoso. 2Tm revela emoções de Paulo mais do que seu intelecto, pois seu coração estava falando. Conseqüentemente, a carta não era um produção literária ordenada bem planejada, mas sim uma nota pessoal contendo a última vontade e o testamento do apóstolo.

Cristo Revelado
Para Paulo, o evangelho contém mais do que declarações e proposições: é Cristo (1.8). As bênçãos espirituais, como a graça, a misericórdia, a paz e mesmo a vida em si, residem nele e derivam dele (1.1-2,9-10,13,16,18; 2.1). Jesus veio para a terra como homem (2.8) para ser nosso Salvador (1.10; 2.10; 3.15) e foi ressuscitado (2.8) logo após sua morte. Ele é fiel àqueles que o seguem (1.12; 2.11-12; 4.17-18,22) e coerente com seu propósito (2.12,13). Ele também concede a compreensão espiritual (2.7). Cristo aparecerá em sua segunda vinda como o juiz justo (4.1,8; 4.14,16).

O Espírito Santo em Ação
O ES deu a Timóteo um dom e Paulo o exortou a usá-lo ativamente (1.6). Além disso, o ES concede poder, amor e moderação (1.7). O ES que em nós habita nos permite ser fiéis ao evangelho confiado a nós e garantir sua pureza (1.13,14).

Esboço de 2º Timóteo

I. Introdução 1.1-5

Saudação 1.1-2
Ação de graças 1.3-5

II. Fidelidade face às dificuldades 1.6-14

Devido à natureza da experiência cristã 1.6-8
Devido à grandeza do evangelho 1.9-11
Devido ao exemplo de Paulo 1.12-14

III. Fidelidade face à deserções 1.15-2.13

O exemplo de Onesíforo 1.15-18
O caráter da obra de Timóteo 2.1-7
A obra redentora de Cristo 2.8-13

IV. Fidelidade face ao erro 2.14-4.8

Erro doutrinário 2.14-26
Erro prático 3.1-4.8

V. Conclusão 4.9-22

Instrução 4.9-13
Advertência 4.14-15
Explicação 4.16-18
Saudações 4.19-21
Bênção 4.22 

 

Tito 

Autor: Paulo
Data: Cerca de 64 dC

Antecedentes
É estranho que uma pessoa cujo nome esteja listado entre os livros do NT seja tão pouco conhecida. Mesmo que Tito fosse companheiro e um valioso colaborador de Paulo, não existe nenhuma menção a seu respeito em Atos.

Tito era grego e evidentemente um convertido de Paulo. O fato de Tito não ser circuncidado (Gl 2.3) indica que ele não foi criado no judaísmo, nem tornou-se um prosélito. Paulo tinha muita estima por Tito e o apostolo se inquietava quando havia pouco ou nenhuma notícia sobre as atividades e o paradeiro do jovem.

Ocasião e Data
Embora o NT não registre um ministério de Paulo em Creta, passagens como 1.5 indicam claramente que ele e Tito conduziram uma missão lá. Ess campanha provavelmente tenha acontecido em alguns momentos durante 63-64 dC, após a libertação de Paulo de sua primeira prisão em Roma. Como tinha pouco tempo, Paulo deixou Tito em Creta para cuidar de novas igrejas. Então o apóstolo partiu para outras´áreas de trabalho. Em algum momento a caminho de Nicópolis, na Grécia (3.12), ele escreveu para Tito. A carta dá indicações de ter sido escrita durante o outono, provavelmente por volta de 64 dC (3.12).

Conteúdo
A carta a Tito tem uma afinidade com 1Tm. Ambas as epistolas são endereçadas a jovens homens aos quais tinham sido designados de liderança responsável em sua respectivas igrejas durante a ausência de Paulo. Ambas as epístolas ocupam-se com as qualificações daqueles que devem liderar a ensinar as igrejas. Tito tinha três grandes temas– a organização da igreja, a doutrina correta e a vida santa. Tito tinha de ordenar os presbíteros em cada cidade onde existia o núcleo de uma congregação. Eles devia ser homens de alto caráter moral, e deveriam ser inflexíveis em questões de princípio, mantendo a verdadeira doutrina apostólica e sendo capazes de reprovar os opositores.

Cristo Revelado
Fundamentando as instruções de Paulo está o tema de que Cristo está construindo sua igreja, escolhendo cuidadosamente as pedras que formam essa habitação para Deus. Paulo também enfatiza Cristo como nosso redentor (2.14; 3.4-7) e apresenta sua segunda vinda como um incentivo à vida sagrada (2.12,13).

O Espírito Santo em Ação
O ministério do ES é compreendido por toda a epístola. Os cretenses não podem mudar a si mesmo (1.12-13), e a regeneração só pode ser obra do ES (3.5). A pessoa que experimenta um novo nascimento recebe o ES a fim de manter um estilo de vida vitorioso seguindo os moldes do de Cristo (3.6-8).

Esboço de Tito

I. Introdução 1.1-5

Declaração do ofício, esperança e funções de Paulo 1.1-3
Saudação 1.4
Encargo de Tito 1.5

II. Instruções em relação aos presbíteros 1.6-16

Sua qualificações 1.6-9
A necessidade de administração adequada 1.10—16

III. Instruções em relação à conduta cristã 2.1-3-7

Entre eles mesmos 2.1-15
Em relação ao mundo todo 3.1-7

IV. Instruções finais 3.8-11

Para ensinar verdades espirituais 3.9-11
Pra evitar dissensões 3.9-11

V. Instruções e saudações 3.12-15

 

Filemom 

Autor: Paulo
Data: Cerca de 60-61 dC

Antecedentes
Esta carta é o apelo pessoal de Paulo a Filemom, um cristão rico e dono de escravos. Parece que Filemom tinha se convertido sob o ministério de Paulo (v.10), que morava em Colossos, e que a igreja colosense se reunião em sua casa (v.2). Onésimo, um de seus escravos tinha fugido para Roma, aparentemente depois de danificar ou roubar a propriedade do mestre (vs. 11,18). Em Roma, Onésimo entrou em contato com o preso Paulo, que o levou a Cristo (10).

Paulo escreveu para a igreja em Colossos e evidentemente incluiu esta carta a favor de Onésimo. Tíquico e Onésimo aparentemente entregaram as duas cartas (Cl 4.7-9; Fm 12). O relacionamento próximo de Paulo e Filemom é evidenciado através de suas orações mútuas (vs 4 e 22) e de uma hospitalidade de “portas abertas” (v.22). Amor, confiança e respeito caracterizavam a amizade deles (vs. 1, 14,21)
A escravidão era uma realidade econômica e social aceita no mundo romano. Um escravo era propriedade de seu mestre, e não tinha direitos. De acordo com a lei romana, os escravos fugitivos poderiam ser severamente punidos e mesmo condenados à morte. Às revoltas dos escravos no séc. I resultaram em proprietários temerosos e suspeitos. Mesmo a igreja Primitiva não tendo atacado diretamente a instituição da escravidão, ela reorganizou o relacionamento entre o mestre e o escravo. Ambos eram iguais perante Deus (Gl 3.28), e ambos eram responsáveis por seu comportamento (Ef 6.5-9).

Ocasião e Data
Paulo escreveu esta carta durante sua prisão romana por volta de 61 dC. Ele desejava uma verdadeira reconciliação cristã entre o proprietário de escravos lesado e o escravo perdoado. Paulo, com delicadeza, mas com urgência, intercedeu por Onésimo e expressou total confiança de que a fé e amor de Filemom resultariam na restauração (vs 5,21)

Características
Mesmo sendo a mais curta das epístola de Paulo, Fm é uma profunda revelação de Cristo operando na vida de Paulo e daqueles à sua volta. O tom é de amizade calorosa e pessoal ao invés de autoridade apostólica. Ela revela como Paulo endereçou com educação porém firmeza o assunto central da vida cristã, isto é, o amor através do perdão, em uma situação muito sensível. Apresenta a persuasão de Paulo em ação.

Conteúdo
A epístola é uma expressão autêntica dos verdadeiros relacionamentos cristãos. Depois de agradecer pessoalmente a Filemom e seus companheiros crentes, Paulo expressa ação de graças por seu amor e fé em relação a Cristo e a seus companheiros crentes.

O amor fraternal normalmente exige graça e misericórdia práticas, e Paulo logo chega a esse tópico. Ele explica a conversão de Onésimo e o novo valor do escravo no ministério e família de Jesus Cristo (12-16). Essa transformação, junto com a profunda amizade de Paulo com os dois homens, é a base de um novo começo.
Não se trata de um apelo superficial de Paulo, pois ele preenche um “cheque em branco” em nome de Onésimo para quaisquer dívidas a pagar (vs 17-19). Ele faz a petição já sabendo que o amor e caráter de Filemom prevalecerão. Como ele conclui, as pessoas podem ver a unidade do Espírito entre todos os santos envolvidos.

Cristo Revelado
Essa epístola aplica poderosamente a mensagem do evangelho. Antes um escravo alienado, Onésimo agora também é um “querido Irmão” em Cristo (v.16). Filemom é desafiado a mostrar o mesmo perdão incondicional que ele recebeu através da graça e amor de Jesus. A oferta de Paulo em pagar uma dúvida que não era sua em nome de um escravo arrependido é um quadro claro da obra do Calvário. A intercessão de Paulo é, além disso, análoga à intercessão contínua de Cristo junto ao Pai em nosso nome.

O Espírito Santo em Ação
Mesmo não mencionando especificamente o ES, foi ativo no ministério de Paulo e na vida da igreja. È o ES que batiza todos os crentes, seja escravo ou livre, no corpo de Cristo (1Co 12.13); e Paulo aplica essa verdade à vida de Filemom e de Onésimo. O amor, fruto do Espírito, é evidente por toda a carta.

Esboço de Filemom

I. Saudação 1-3
II. Ação de graças em relação a Filemom 4-7

Louvor pessoal 4
Características dignas de louvor 5-7

III. Petição de Paulo por Onésimo 8-21

Um pedido de aceitação 8-16
Um garantia de reembolso 17.19
Uma confiança na obediência 20-21

IV. Preocupações pessoais 22-25

Esperança de libertação 22
Saudações 23-24
Bênção 25

Hebreus

Autor: desconhecido
Data: Cerca de 70 dC

Autor
Hebreus não designa seu autor, e não existe unanimidade de tradição em relação à sua identidade. Alguns sábios destacam algumas evidências que podem indicar uma autoria paulina, enquanto outros sugerem que um dos colaboradores de Paulo, como Barnabé ou Apolo, podem ter escrito o livro. A especulação provou-se infrutífera, e a melhor conclusão pode ser a de Orígenes, no séc. III, que declarava que só Deus sabe ao certo quem o escreveu.

Data e Localização
O conteúdo de Hb indica que foi escrito antes da destruição do Templo em 70 dC (10.11; 13.11). A única evidência em relação ao local em que o livro foi escrito é a saudação enviada pelos “da Itália” (13.24), indicando talvez que o autor estivessem em Roma ou escrevendo para os cristãos de Roma.

Conteúdo
Uma palavra importante da epístola é “melhor”, usada para descrever a Cristo e os benefícios do evangelho (1.4; 7.19,22; 8.6; 9.23; 10.34; 11.16,35,40).

A maioria das bênçãos do judaísmo relacionava-se com as coisas terrenas: um tabernáculo ou templo terreno, sacerdotes terrenos, sacrifícios terrenos, um acordo que prometia a prosperidade terrena. Em contraste, Cristo está “à destra da Majestade, nas alturas” (1.3), onde distribui as bênçãos celestes (3.1; 6.4; 8.5; 11.16; 12.22-23).
Um ponto importante desta epístola é a apresentação do ministério sumo sacerdotal do Senhor. Cristo é o sumo Sacerdote, não segundo a ordem de Aarão, mas sim de Melquisedeque, que não tinha antecessores nem sucessores no sacerdócio. Sendo assim, Melquisedeque era um tipo perfeito para Cristo, que recebeu o cargo do sumo sacerdote por invocação direta de Deus, e não por herança (5.5-6). Enquanto o sacerdote arônico tinha que oferecer sacrifícios continuamente por seus próprios pecados, bem como pelos pecados de outras pessoas, Cristo ofereceu de uma vez por todas sua própria pessoas sem pecados como o sacrifício perfeito. Ele experimentou na carne a provação que todos os crentes conhecem, e por isso ele é capaz de interceder compassivamente em nome deles.
O cap. 11 enumera alguns dos grandes heróis da fé no AT. Os vs 4-35 registram bênçãos maravilhosas e notáveis vitórias alcançadas através da fé, enquanto os vs. 36-38 registram aqueles que resistiram a grandes provas, sofrimento e perseguição através da fé. Significativamente, não há menção dos pecados e defeitos daqueles enumerados. O motivo óbvio é que o sangue de Jesus tinha riscado os pecados e fracassos, de modo que suas iniqüidades não são mais lembradas contra eles.

Cristo Revelado
Falar de Cristo em Hb é descrever o livro inteiro. Ao tentar manter seus leitores distantes da apostasia, o escritor enfatiza a superioridade de Cristo perante tudo que o aconteceu antes no período do AT. Como nenhum outro livro da Bíblia, Hb salienta a importância e o ministério do Cristo pré-encarnado.

O Espírito Santo em Ação
O ministério do ES é visto de diversas maneiras, aplicando-se tanto ao período do AT quanto do NT: Os dons do ES para o ministério (2.4); testemunho à inspiração do AT (3.7; 10.15); descrição da experiência dos crentes (6.4); interpretação da verdade espiritual (9.8); assistência no ministério de Jesus (9.14); insultado pela apostasia (10.29).

Esboço de Hebreus

I. A superioridade da pessoa de Jesus 1.1-4.13

Jesus: Melhor do que os profetas 1.1-3
Jesus: Melhor do que os anjos 1.4-2.18
Jesus: Melhor do que Moisés 3.1-19
Jesus: Melhor do que Josué 4.1-13

II. A Superioridade do Ministério de Jesus 4.4-10.8

Jesus: Melhor do que Arão 4.14-5.10
O Sacerdócio de Melquisedeque, portanto Jesus, melhor do que o de Arão 7.1-8.5
Jesus é mediador de uma melhor aliança 8.6-10.18

III. A superioridade da caminhada da fé 10.19-13.35

Um chamado à segurança total da fé 10.19-11.40
A persistência da fé 12.1-29
Admoestações sobre o amor 13.1-17
Conclusão 13.18-25

 

Tiago 

Autor: Tiago, irmão de Jesus
Data: Cerca de 48-62 dC

Autor
O autor identifica-se somente como Tiago. O nome era bastante comum; e o NT enumera pelo menos cinco homens com este nome, dois dos quais eram discípulos de Jesus e um era seu irmão. A tradição atribui o livro ao irmão do Senhor, e não há motivos para questionamentos. Evidentemente, o escritor era bastante conhecido, e Tiago, o irmão de Jesus, logo tornou-se líder da igreja em Jerusalém (At 12.17; 15.13-21; 21.18; Gl 1.19; 2.9,12). A linguagem da carta é semelhante à da fala de Jesus em At 15. Aparentemente, Tiago era um descrente durante o ministério de Jesus (Jo 7.3-5). Uma aparição de Cristo a ele após sua ressurreição (1Co 15.7) provavelmente o tenha levado a essa conversão; pois ele é enumerado com os crentes de At 1.14.

Data
O historiador Judeu Josefo indica que Tiago foi apedrejado até a morte por volta de 62 dC; então, se ele é o autor, a carta foi escrita antes dessa data. O conteúdo do livro sugere que pode ter sido escrita um pouco antes do concílio da Igreja relatado em At 15, que se reunião por volta de 49 dC. Não podemos se dogmáticos, e só se pode concluir que a carta provavelmente tenha sido escrita entre 48 e 62 dC.

Conteúdo
Ao invés de especular ou debater sobre teorias religiosas, Tiago direciona seus leitores para uma vida piedosa. Do Início ao fim, o tom desta carta é imperativo. Em 108 versos, são dados 54 mandamentos evidentes, e 7 vezes Tiago chama a atenção para suas declarações usando termos de natureza imperativa. Esse “servo de Deus” (v.1) escreve como alguém supervisionando outros escravos. O resultado é uma declaração da ética cristã, que se iguala a ensinamentos semelhantes no NT.

Cristo Revelado
Começando no primeiro verso e continuando por toda a carta, Tiago reconhece a autoridade de Jesus, referindo-se como “servo”, ou escravo, do Senhor. O termo é aplicável a todos os cristãos, pois todos os verdadeiros discípulos de Cristo reconhecem sua soberania sobre suas vidas e se comprometem espontaneamente a seus serviço. Cristo é o objeto de nossa fé (2.1), aquele que cujo nome e em cujo poder realizamos nosso ministério (5.14,15), o recompensador de todos aqueles que se mantém firmes em meio a julgamentos (1.12), e aquele que virá, por quem pacientemente esperamos (5.7-9). Tiago identifica Cristo como a “glória” (2.1), referindo-se ao Shekinah, a gloriosa manifestação da presença de Deus em meio a seu povo. Não somente glorioso por si mesmo, ele é a glória divina, a presença de Deus na terra (Lc 2.30-32; Jo 1.14; Hb 1.3).

De considerável interesse é o paralelo próximo entre o conteúdo dessa carta e a doutrina de Jesus, especialmente o Sermão da Montanha. Embora Tiago não cite exatamente nenhuma declaração de Jesus, há mais reminiscências verbais da doutrina do Senhor nesta carta do que em todo o resto das epístolas combinadas no NT. Essas alusões indicam uma associação próxima entre Tiago e Jesus e evidenciam a forte influência do Senhor na vida do autor.

O Espírito Santo em Ação
A carta menciona especificamente o ES somente em 4.5, onde se declara que o Espírito que habita em nós deseja a nossa lealdade completa, não suportando rivalidade.

A Atividade do ES pode ser vista no ministério aos doentes descritos em 5.14-16. À luz de outra terminologia bíblica que liga unção com o Espírito ( Is 61.1; Lc 4.18; 1Jo 2.20-27), o ungir com o óleo é melhor compreendido como símbolo do ES. Além do mais, no grego, o artigo definido usado com a palavra “fé” em 5.15 particulariza essa fé, sugerindo que Tiago está se referindo à manifestação do dom da fé (1Co 12.9).

Esboço de Tiago

I. Saudação 1.1
II. Religião prática e julgamentos 1.2-18

Adversidades externas 1.2-12
Tentações internas 1.13-18

III. Religião prática e a palavra de Deus 1.19-27

Escutar a Palavra 1.19-20
Receber a Palavra 1.21
Obedecer à Palavra 1.22-27

IV. Religião prática e relacionamentos humanos 2.1-26
 Parcialidade negativa 2.1-13
 Compaixão positiva 2.14-26

V. Religião prática e discurso 3.1-18
VI. Religião prática é mundanismo 4.1-12
VII. Religião prática e negócios 4.13-5.6
 

VIII. Apelos finais 5.7-11

Por paciência 5.7-11
Por um falar puro 5.12
Por oração 5.13-18
Por compaixão 5.19-20